Liberdade para a Palestina

domingo, 18 de outubro de 2015

Câncer de mama


O câncer de mama é a maior causa de mortes entre as mulheres brasileiras. No Brasil, são cerca de 50 mil novos casos por ano.
Segundo pesquisa do Instituto Nacional do Câncer (INCA), obesidade e vida sedentária aumentam a incidência de câncer de mama. Juntos, estes dois fatores são responsáveis por cerca de 20% dos casos de câncer de mama.
Já um estudo estadunidense, que monitorou 41.836 mulheres na menopausa, durante 18 anos (The Iowa Women's Study) mostrou que as mulheres que praticavam atividade física regularmente, como corrida ou natação, duas ou três vezes por semana, tiveram chance 14% menor de desenvolver câncer de mama.

Vejam os fatores de risco para desenvolver câncer de mama:
  • aumento da idade;
  • menarca precoce;
  • menopausa tardia;
  • nunca ter engravidado;
  • ter tido o primeiro filho depois dos 30 anos;
  • histórico familiar;
  • excesso de peso;
  • ingestão regular de álcool;
  • sedentarismo.
Independente se você tem ou não um ou mais fatores de risco, o importante é prevenir. Como? Conhecendo seu corpo e fazendo o auto-exame, indo regularmente ao médico e praticando atividade física. Lembre-se: quanto mais cedo o diagnóstico, maior a chance de cura.

Prof. André 'Terrinha" Almeida


domingo, 30 de agosto de 2015

Esclerose múltipla e exercício físico

30 de agosto é o dia Nacional de Conscientização sobre a Esclerose Múltipla (EM).
A esclerose múltipla é uma doença do sistema nervoso central, auto-imune, inflamatória, crônica e progressiva. Estima-se que no Brasil existam 30 mil pessoas com a doença. O diagnóstico é difícil pois os sintomas são parecidos com muitas outras doenças.
Ainda há muito o que pesquisar e conhecer sobre a EM, mas já ocorreram avanços.
Existe um grupo australiano, cujo fundador é médico e tem esclerose múltipla, estudando a doença. Já existem estudos mostrando que alimentação com pouca ingestão de proteína animal, exposição ao sol, controle do estresse e exercícios físicos moderados aliviam os sintomas da doença e retardam sua progressão.
Aliás, atividade física diária e orientada por profissional é imprescindível para quem tem esclerose múltipla, independentemente do grau da doença (veja publicação da Therapeutic Advances in Neurological Disorders - http://tan.sagepub.com/content/8/3/123.short?rss=1&ssource=mfr). Por muitos anos, médicos acreditavam que pacientes com EM não deveriam fazer atividade física nenhuma.
A maioria dos pacientes com EM reclama que a fadiga é um fator que atrapalha as atividades do dia-a-dia. Atividades físicas regulares ajudam a combater e minimizar a fadiga. Músculos que não são usados de maneira regular se tornam fracos e, portanto, será necessário mais esforço e energia para a realização de tarefas simples, o que pode levar a um declínio rápido de capacidades nos pacientes.
O importante ao prescrever exercícios aos pacientes com EM é fazer com que estes sejam exercícios de intensidade moderada e, sempre, adaptar exercícios conforme os pacientes vão dando retorno. Deve-se incluir exercícios de força, equilíbrio e coordenação.
Em uma revisão publicada em 2012 no mesmo Therapeutic Advances in Neurological Disorders, sugere-se o Ioga, o Tai-Chi e exercícios de estabilidade do CORE, já que muitos pacientes com EM experimentam ansiedade e problemas de equilíbrio e mobilidade, o que dificulta a execução das atividades rotineiras.
A seguir, um vídeo em que o profissional de saúde da Sociedade Portuguesa de EM utiliza uma banda elástica para uma série de exercícios.
Prof. André "Terrinha" Almeida


domingo, 22 de fevereiro de 2015

Jogos Parapan-Americanos



Os Jogos Parapan-Americanos acontecerão em julho deste ano no Canadá. Os 250 atletas brasileiros se preparam para conquistar medalhas e novamente, o primeiro lugar geral na competição (o Brasil ficou em primeiro lugar no quadro geral na última Parapan, superando os Estados Unidos). O Brasil garantiu vagas em todas as modalidades coletivas que serão disputadas.
Os primeiros Jogos Parapan-Americanos aconteceram em 1999 na Cidade do México, quando 1200 atletas competiram em 4 modalidades: atletismo, basquete, natação e tênis de mesa. Na última edição, em Guadalajara (2011), foram disputadas medalhas em 13 modalidades esportivas.
É uma pena que a grande mídia não dá muita ênfase a esta competição. E se você for procurar na internet alguma coisa decente sobre o assunto, também terá dificuldade. 

De acordo com o IBGE, existem cerca de 35 milhões de brasileiros com algum tipo de deficiência.

Prof. André "Terrinha"




quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Antes que os pés toquem o céu

A menina Iris Oliveira nasceu em Curitiba (PR) com a doença AME (Atrofia Muscular Espinhal), diagnosticada quando tinha pouco mais de um ano de idade. Os médicos avisaram os pais que ela não passaria dos 3 anos de idade.
A AME é uma doença neurodegenerativa de origem genética, autossômica e recessiva, que leva à atrofia dos músculos e a problemas no sistema respiratório. O quadro clínico caracteriza-se por deterioração motora depois de um período de desenvolvimento aparentemente normal e, geralmente, os problemas respiratórios levam a óbito.
Os médicos indicaram fisioterapia 2 vezes por semana por acreditarem que a menina poderia apresentar fadiga muscular e, por isso, queriam poupá-la de atividades físicas mais intensas. Porém, a mãe da menina, percebendo que Iris era cheia de energia como toda criança, decidiu que ela devia se movimentar mais. Compraram uma bicicleta, que Iris pedalou com os pés amarrados no pedal. Os pais sempre praticaram esportes (o pai é skatista profissional) e acreditavam que, se Iris também se exercitasse além da fisioterapia, ela iria ter uma melhor qualidade de vida.
No final do ano passado, contradizendo as previsões dos médicos, Iris completou 10 anos. Ela vai à escola e faz natação 2 vezes por semana, além da fisioterapia. E, apesar da doença, é uma criança como outra qualquer.
Histórias como esta (e não são poucas) mostram  que nós, seres humanos, independente das limitações, evoluímos praticando exercícios físicos e, portanto, seus benefícios para nossa existência saudável são imensuráveis.

A história de Iris e a luta de seus pais viraram um curta metragem que você pode conferir abaixo. A direção é de Renato Cabral.

Prof André "Terrinha"


terça-feira, 25 de novembro de 2014

Mundial de Futebol de Rua

E a Copa do Mundo de Futebol acabou. Um evento gigantesco caracterizado por cartolas, grandes estádios, altos salários, atletas-estrelas e muita cobertura da mídia.
Mas você sabia que, neste mesmo julho de 2014, o Brasil sediou o Mundial de Futebol de Rua? Pois é: a prática nasceu na Argentina (sim, nossos hermanos saíram na frente) e o campeonato tem caráter não-convencional e não-competitivo. A ideia é utilizar o futebol como ferramenta de mediação de conflitos, formação de lideranças, desenvolvimento de grupos e organizações de base comunitária. Aqui no Brasil quem organiza o Mundial de Futebol de Rua é a ONG Ação Educativa.

Como funciona:
  1. existem 3 tempos de jogo. No primeiro tempo, os jogadores definem em conjunto as regras. No segundo tempo, acontece o jogo conforme as regras estabelecidas no primeiro tempo; e no terceiro tempo, os jogadores, com um mediador, avaliam se as regras foram cumpridas, se o jogo foi justo e contabilizam os pontos da partida;
  2. os times são mistos: meninas e meninos de várias idades jogam junto. Com isso, o mediador pode discutir igualdade de gênero, machismo e respeito;
  3. não existe juiz.

Exemplo de que o futebol pode integrar e ser usado não somente como lazer para jovens de comunidades de baixa renda mas como elemento de reflexão de uma série de elementos e formar cidadãos plenos, questionadores e partes integrantes da sociedade.
Pena que iniciativas como estas não aparecem na grande mídia!

Em tempo: no Mundial deste ano, a Colômbia levou o troféu (país escolhido por voto pelos jogadores do campeonato). Os jogos aconteceram em vários CEUs da cidade de São Paulo, no Largo da Batata e no centro.

Neste mês, entre os dias 26 e 29 de novembro, a Ação Educativa e o Museu do Futebol promovem o encontro "Futebol e Cultura", para reunir, discutir e debater experiências e práticas de futebol solidário e participativo de todo o Brasil. Mais informações em

Prof. André "Terrinha" Almeida




segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Diabetes

O Dia Mundial do Diabetes aconteceu semana passada, no dia 14 de novembro.

Diabetes Mellitus é uma doença crônica metabólica causada pela falta ou má absorção de insulina, cuja função é quebrar as moléculas de glicose para transformá-las em energia. O metabolismo da glicose é complexo (veja aqui neste blog  http://profandreterrinha.blogspot.com.br/2013/11/metabolismo-da-glicose.html)


Existem 4 tipos de diabetes:
  1. Tipo I: neste tipo, o pâncreas produz pouca ou nenhuma insulina. Aparece na infância e adolescência;
  2. Tipo II: aqui, as células são resistentes à insulina. Aparece em pessoas com mais de 40 anos;
  3. Gestacional: aparece durante a gestação e, na maioria dos casos, está relacionada ao aumento de peso da mãe;
  4. Associada a outras patologias (pancreatite, alcoolismo, etc).
Existem alguns fatores que podem levar ao diabetes. São eles:
  1. Obesidade;
  2. Falta de atividade física regular;
  3. Hipertensão;
  4. Níveis altos de colesterol e triglicérides;
  5. Estresse emocional;
  6. Uso de alguns medicamentos (como cortisona).
No Brasil, são 14 milhões de pessoas com diabetes, mas muito não sabem que têm a doença. O Dia Mundial serve para alertar a população sobre a doença, incentivando a realização de exames preventivos e a adoção de hábitos saudáveis, como alimentação balanceada rica em fibras, exercícios físicos e controle do estresse.
E caso a pessoa já tenha diabetes, ela deve ter em mente que atividade física é essencial para abaixar os níveis de glicose no sangue. 
No mundo, são gastos mais de 400 bilhões de dólares todos os anos para o tratamento da doença.

Lembre-se: diabetes não controlada pode ocasionar doença renal crônica, cegueira, amputação de membros, infarto e aneurismas. Prevenção é o melhor remédio!

Prof. André "Terrinha" Almeida


terça-feira, 28 de outubro de 2014

"Eu saí para chegar"

José Geraldo de Souza Castro, om Zé do Pedal, é mineiro de Guaraciaba, tem 57 anos e já percorreu, desde 1982, cerca de 150 mil quilômetros em sua bicicleta adaptada . Quando perguntam a ele porque faz isso, responde: "Para ser Feliz".
Em suas andanças, conhece pessoas, fotografa e sempre divulga uma causa social e/ou ambiental. Já pedalou para chamar a atenção para problemas que afetam a visão, como glaucoma e catarata; sobre a poluição do Rio São Francisco em 2002 e sobre o Protocolo de Kyoto em 2007.
Enfrenta estradas ruins, tempestades, falta de comida, zonas de conflitos, mas nada o impede de continuar. Já esteve em 3 Copas do Mundo!
Seu mais novo projeto (que vai durar até maio de 2015) se chama "Cruzada pela Acessibilidade". Ele percorrerá 20 estados brasileiros empurrando uma cadeira de rodas para chamar a atenção das dificuldades que os portadores de deficiências enfrentam no dia-a-dia. Em todos os municípios visitados, Zé entrega uma proposta de Projeto-de-Lei sobre a acessibilidade, conversa com gestores públicos e dá palestras.
Em 2010, Bruno Lima e Fabricio Menicucci rodaram o documentário "Zé do Pedal: as fronteiras do mundo".
Grande Zé!

Prof. André "Terrinha" Almeida